Vinha a dançar sozinha
Em passos de neblina
Num silencio que era dela,
Nem a música se ouvia
Não era noite, não era dia,
Era a paz de sentinela.
Rendi-me à sua luz,
Senti-lhe o peso da cruz,
Uma dor de cor diferente
Entre o fogo e o ausente,
Entre o perto e o distante,
Rendi-me à sua luz.
Se eu puder roubar o fogo,
Que a tua luz se acenda em mim,
Nem rosas brancas nem rios de ouro
Nunca mais te ausentes de mim.
E avançámos pelo frio
A sonhar ao desafio
Num baile de encontro ao céu.
Contou-me das cicatrizes
E dos seus amores felizes
E como deles se ergueu.
Disse p’ra eu fechar os olhos
Para a ver melhor por dentro,
Vi um mar de cor diferente,
Entre o puro e o poente,
Entre o certo e o bastante,
Rendi-me à sua luz.
Se eu puder roubar o fogo,
Que a tua luz se acenda em mim,
Nem rosas brancas nem rios de ouro
‘Nunca mais te ausentes de mim.’
Rendi-me à sua luz,
Senti-lhe o peso da cruz,
Uma dor de cor diferente
Entre o fogo e o ausente,
Entre o perto e o distante,
Rendi-me à sua luz.
Se eu puder roubar o fogo,
Que a tua luz se acenda em mim,
Nem rosas brancas nem rios de ouro
Nunca mais te ausentes de mim.
Se eu puder roubar o fogo,
Que a tua luz se acenda em mim,
Nem rosas brancas nem rios de ouro
Nunca mais te ausentes de mim.
Nunca mais te ausentes de mim.
Nunca mais te ausentes de mim.