Estou arrumar as malas,
Levo quase tudo e não deixo quase nada,
Na noite de ontem, ouvi gritos das armas,
É o regresso da guerra, paz ameaçada.
Vi muita gente, entre mulheres e crianças, foram se
esconder nas matas,
Militares delinquentes, maquinas programadas, ainda nos
matam,
Toda gente assustada, aterrorizada e ninguém faz nada,
presidente só fala,
E esta tensão, que desperta atenção da nação alastra -se pela
província de Sofala,
Transformaram, Muxúngue, Santurgira, em campo de batalha,
Intervenção Rápida, Boinas vermelhas são apanhados em
emboscada,
Eu vi com meus olhos, 54 policiais mortos,
Na rádio estão a dizer, felizmente não houve nenhum óbito
Estão todos a comentar, que eles não vão ceder,
Lutarão pelo poder, nas matas ate morrer,
Conversações é tudo uma farsa,
Acordos de paz, é só em Roma com Papa.
Paz ameaçada,
Nem a marcha pela paz na capital,
Não lhes diz Pará.
Paz ameaçada,
Eles também marcham nas matas por capital,
A arma só dispara,
Alguns foram para Casa Banana, e outros para Mucodza,
Uns ainda foram pra matas, e outros pra zonas
montanhosas,
Gorongosa, tomada ao salto e povo fica sem chão
Guebuza de Helicóptero ou de vidros fumados no asfalto, assim
vai-se a nação,
O Governo diz que não vai ceder,
E a Renamo diz que mais gente vai continuar a morrer,
Não se sabe quem tem razão
Nunca há entendimento na conversação,
O que eles querem afinal?! Nos querem ver mortos?!
Comprem uma bomba atómica dizimem logo nossos corpos.
Vou me embora, não me venham com essa idiotice de que não
sou um patriota,
Vou me embora, não me digam que primeiro tenho que ir pra
tropa
Esse papo é de idiotas, arrumo as minhas botas e sigo
minha rota.
Vou me embora, para nunca mais voltar,
Harare ou Malawi, SA, longe dessa gente que só pensa em
matar.
Paz ameaçada,
Nem a marcha pela paz na capital,
Não lhes diz Pará.
Paz ameaçada,
Eles também marcham nas matas por capital,
A arma só dispara.