As Origens
Intro (Recorte do Poema de Jerle Freitas – Origens)
A minha mente voa,
Sobre as asas dos meus pensamentos,
Tão rápido quanto o vento,
Que resta o meu rosto roçar.
Quantas viagens,
Tantas bagagens,
Qual tuas origens?
Para onde tu vais?
Trazes lembranças,
Em tuas entranhas,
Quão grandes primícias (2x)
É poder recordar.
I
No silêncio despedido da tarde hebdomadal,
Do silêncio ferido nove zero um casal,
Acolhia em sua arca o fruto matrimonial,
Com alegria que marca o novo referencial.
Novo ponto material, dois quatro um dois
Eis o novo inicial que visita que solta os bois
De novo a esperança ficou por dentro da caixa,
E Pandora não se cansa de tocar a mesma faixa.
Hoje sai daquela arca, na borda da Munhava
Para o mar vai garça com as coisas não se entrava,
Sabe o que procura como a abelha que se acura,
Para bater aquela altura espalhando sua doçura.
Espalha sua loucura entre batidas e rimas,
É Sócrates de volta às ruas e avenidas.
Caem versos como lágrimas (...) do seu céu,
É a exortação de sempre: conhece-te a ti mesmo.
Refrão
Conhece-te a ti mesmo
É a exortação de sempre para que sejas tu mesmo,
Eis a volta para aquele ponto zero,
Onde tudo tem começo para que eu seja mesmo. (2x)
II
Eis aqui o meu começo e ao começo sou fiel,
Às raízes onde o preço do sorriso não é fel,
Por extenso não é medido dos meus caros o papel,
O bom senso não é líquido, é bálsamo e mel.
Aqui onde sempre é rico quem não esquece quem ele é,
Não é feio o patinho porque pensa diferente.
Eis o martírio para quem deixou a caverna,
E contemplou os raios do sol que nunca hiberna.