Íntimo,
No nosso espaço, aqui deitados eu vi tudo
Uma morada p’ra namorar
Convicto
O toque que me impele a ficar
Convite
Que a gente guarda p’ra não estragar
Evito
Falar de ti em público, é mais bonito
Quando te conto tudo a ti
Confio
Só te escrevi um verso
P’ra dar sentido ao universo
És o lugar onde regresso
O mundo é dele
Mas o amor é nosso
Neva em dezembro
No nosso quarto é agosto
Eu beijo, ele diz “gosto”
Corta o sabor do desgosto
Eu vi um dia novo a nascer no teu rosto
E até o passado ficou mais leve
Ele pega no meu copo e bebe
Saímos sem muita cana
Eu nao quero Punta Cana
Quero o balcão da cozinha
Às 4 da manhã
Voltar a ser mina,
Olha-me o fundo da retina
Até dizeres que os meus olhos
Não são verdes, são avelã
Os meus olhos,
Eram só os meus olhos
E agora são os olhos que tu viste
O teu colo, que era só o teu colo
Até ser o lugar onde se existe
Eu exijo,
Uma vida nova p’ra te amar já à nascença
Querer-te a tantas horas que o querer vira crença